Um livro que me matou de curiosidade e simplesmente não consegui largar até terminar.
FICHA TÉCNICA
TODO DIA
Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 280
Ano de publicação: 2013
Nota no Skoob: 4,3
CONTEXTO
O livro conta a história de A, “alguém” que cada dia habita o corpo de uma pessoa, assumindo sua vida e tendo acesso à parte de suas memórias e hábitos para conseguir levar o dia sem parecer totalmente perdido ou louco. Como regra, são sempre pessoas que possuem a mesma idade que A e que moram a um limite de distância geográfica (no máximo, em cidades vizinhas).
O que mais me motivou a seguir a leitura foi a curiosidade: saber em qual corpo A estará amanhã e como vai lidar com a rotina do dia. Ao longo da leitura, A passa por situações diversas, dias bons e ruins, em corpo de homens e mulheres com personalidades e características completamente diferentes.
O personagem A não sabe como isso funciona e vive assim desde sempre. Quando era criança, achava que todos viviam assim, mas foi se adaptando com o passar do tempo e entendendo que era diferente das outras pessoas. Ao longo dos anos desenvolveu algumas regras pra “facilitar” sua vida e tentar respeitar alguns hábitos de seus hospedeiros.
Até que um dia A conhece alguém que o faz questionar suas limitações, repensar tudo que ele acredita, reavaliar as regras que criou e desenvolver uma vontade enorme de entender o que ou quem ele é, como isso tudo funciona, se existem outros como ele e se há alguma esperança de ter uma vida normal e parar de trocar de corpo todo dia.
MINHAS IMPRESSÕES
Como dizia minha avó, faz uma 'pá de tempo' que o livro TODO DIA está na minha fila e quando lançaram o filme, foi difícil resistir.
Quando uma obra tem as duas versões eu sempre faço o possível para ler o livro primeiro. Nunca encontrei um filme que fosse melhor que o livro e acho que quando vemos o filme primeiro, ele tira nossa imaginação poque traz a versão pronta e “enlatada” dos personagens – enfim, prefiro os livros!
Eu li bem rapidinho, tem capítulos curtos, em média 2 a 3 páginas em cada – contando cada dia vivido num corpo diferente.
Achei interessante a forma como A analisa cada pessoa, como descreve as variadas estruturas familiares e os relacionamentos com as pessoas, vínculos afetivos, rotinas diárias, sensações corporais e sensoriais.
Não é um livro extraordinário daqueles que você marca no fundo do coração e deseja que o mundo inteiro leia, mas vale a pena. Confesso que não amei o desfecho, mas entendo a dificuldade em elaborar um final que fosse bom, coerente e justo – e por esse motivo, não julgo o autor, ou seja, não amei o final, mas não consigo pensar em nada melhor, então, como posso criticar!
A parte boa é que aparentemente deixou brecha para uma continuação e, com certeza, eu quero saber como continua, se houver sequência.
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