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Jardim de inverno: um livro impactante

Atualizado: 18 de mar. de 2021

Um livro sobre família, amor, perdão e compreensão, que faz refletir sobre personalidade e individualidade e sobre como julgamos as pessoas pelo que pensamos conhecer sobre cada um


Jardim de inverno estava na minha lista há muito tempo e eu sempre adiava a leitura. De tanto esbarrar nele no SKOOB e inúmeros comentários nas redes sociais, decidi não protelar mais.


Veja também: A cidade do sol


FICHA TÉCNICA

Título: JARDIM DE INVERNO Autor: Kristin Hannah Editora: Novo Conceito Páginas: 383

Ano de publicação: 2013

Nota no Skoob: 4,6

CONTEXTO

O livro traz a história de uma família: Meredith e Nina são filhas de um pai amoroso, do qual guardam as melhores lembranças da infância (brincadeiras, conversas e convívio afetuoso), já a mãe Anya é uma mulher fria e seca que não demonstra amor ou ternura alguma.

As irmãs possuem histórias de vida e personalidades completamente distintas. Meredith é casada, mãe de duas moças (já adultas, independentes e morando fora de casa) e ultimamente suas companhias mais próximas são seus 2 cachorros. Mora próximo aos pais e toca os negócios da famíla - um pomar de maçãs. Nina é o oposto: aventureira, impetuosa e independente, jornalista e fotógrafa bem sucedida, ela percorre o mundo em busca de boas histórias, furos de reportagem e até guerras. Tem um namorado do qual diz que gosta, mas prefere não estreitar vínculos.

MINHAS IMPRESSÕES

A primeira metade do livro poderia ser abreviada. Achei que não era necessário tantas páginas para apresentar a estrutura familiar e isso poderia ter sido feito de forma mais breve, sem prejudicar o conteúdo. Entretanto, do meio para frente, que livro foi esse!!!!!!


Apesar do começo arrastado, a segunda metade parece nem ter sido escrita pela mesma pessoa. Alterna acontecimentos atuais e do passado, durante a Segunda Guerra. Com uma narrativa envolvente, me peguei várias vezes criticando VÁRIAS atitudes dos personagens e querendo entrar no livro para dar umas sacudidas neles, só pra depois ficar com vergonha porque eu julguei sem saber dos fatos corretamente.


Com o desenrolar da história, tudo começa a se encaixar e fazer sentido: o comportamento da mãe, algumas atitudes que ela tem em relação à coisas, pessoas e lugares... Os trechos sobre a Guerra conseguem nos transportar para o momento e nos envolvem em sentimentos como incertezas, medos, tristezas e angústia. A história é emocionante, comovente e o final é muito bom.


Um livro sobre família, perda, amor, perdão e compreensão, que faz refletir sobre a individualidade, sobre como julgamos as pessoas pelo que pensamos conhecer sobre cada indivíduo. Trata de respeito à história e a dores que cada um carrega e sobre como podemos nos enxergar, nos aceitar e nos perdoar se ousarmos encarar nosso passado e nosso futuro sem preconceitos ou julgamentos. Enfim, um livro que merece ser lido!

Veja também: A virtude da raiva

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